O jejum intermitente no tratamento da obesidade

Muitas pessoas que sofrem com a obesidade buscam diversos meios para perder peso e melhorar sua saúde. Uma dessas alternativas que tem ganhado destaque nos últimos anos é o jejum intermitente. 

Mas essa abordagem funciona? Será que ela traz riscos para a saúde? 

Neste artigo, vamos explorar o jejum intermitente como uma possível estratégia no tratamento da obesidade, destacando seus benefícios e riscos, e comparando-o com outras opções de tratamento. Confira!

Como funciona o jejum intermitente?

O jejum intermitente é uma prática alimentar que envolve alternar entre períodos de jejum e alimentação.

Os períodos sem ingestão de alimentos podem variar de algumas horas a vários dias, dependendo do método escolhido.

Existem diferentes formas de fazer o jejum intermitente, mas as mais comuns são:

  • O método 16/8: consiste em jejuar por 16 horas e comer durante 8 horas, todos os dias. Por exemplo, se você jantar às 20h, só poderá voltar a comer às 12h do dia seguinte.
  • O método 5:2: consiste em jejuar por dois dias não consecutivos na semana e comer normalmente nos outros cinco dias. Por exemplo, se você jejuar na segunda e na quinta-feira, poderá comer normalmente nos outros dias.
  • O método Eat Stop Eat: consiste em jejuar por 24 horas, uma ou duas vezes por semana, e comer normalmente nos outros dias. Por exemplo, se você jejuar na segunda-feira, só poderá voltar a comer na terça-feira.

O princípio por trás do jejum intermitente é que, ao restringir a janela de alimentação, o corpo é obrigado a usar as reservas de gordura como fonte de energia, o que leva à perda de peso.

O jejum intermitente é seguro?

Para muitas pessoas, o jejum intermitente pode parecer uma abordagem atraente para a perda de peso, pois não exige a contagem de calorias ou a eliminação de grupos de alimentos específicos. 

No entanto, é importante destacar que essa abordagem não é recomendada para todos. Pessoas com certas condições médicas, como diabetes, distúrbios alimentares ou gestantes, lactantes, crianças, adolescentes e idosos, devem evitar essa prática.

Além disso, é importante ressaltar que, apesar dos possíveis benefícios, o jejum intermitente também pode trazer alguns riscos, como:

  • Causar fome, irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, tontura e fraqueza, especialmente nas primeiras semanas de adaptação.
  • Levar a compulsão alimentar, desnutrição, deficiências de vitaminas e minerais, se não houver um planejamento adequado da alimentação nos períodos de não jejum.
  • Piorar o quadro de pessoas que sofrem de distúrbios alimentares, como anorexia, bulimia, ortorexia e vigorexia.

Diante disso, é fortemente recomendável procurar um um profissional de saúde antes de iniciar o jejum intermitente, a fim de saber se essa prática não traz riscos à sua saúde.

O jejum intermitente ajuda no tratamento da obesidade?

Para aqueles que estão considerando o jejum intermitente como parte de seu plano de tratamento da obesidade, é importante entender que essa abordagem pode ajudar na perda de peso a curto prazo. 

No entanto, os resultados a longo prazo podem ser semelhantes àqueles obtidos por meio da reeducação alimentar.

Os pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, conduziram um estudo envolvendo 90 adultos com obesidade. Os voluntários foram divididos em três grupos:  um seguindo o jejum intermitente (método 16/8); outro seguindo uma dieta com redução de 25% de suas calorias diárias; e o terceiro sem mudanças no consumo calórico,

Após um ano de estudo, o grupo que praticou o jejum intermitente conseguiu perder cerca de 4,5 quilos a mais em comparação com aqueles que não fizeram dieta. Já o grupo que adotou a restrição calórica alcançou uma perda de peso média de aproximadamente 5,4 quilos após o mesmo período. 

Esses dados quantitativos demonstram os resultados positivos obtidos com ambas as intervenções e revelou jejum intermitente apresenta resultados semelhante aos da dieta clássica do tratamento da obesidade.  

Quais as outras opções de tratamento da obesidade?

Existem outros métodos eficazes para o tratamento da obesidade, que podem ser cirúrgicos ou não cirúrgicos. 

Os métodos cirúrgicos envolvem a redução do tamanho do estômago ou do intestino, para limitar a quantidade de comida que pode ser ingerida ou absorvida. 

Já os métodos não cirúrgicos envolvem o uso de medicamentos, balões intragástricos, endoscopia bariátrica (gastroplastia), para diminuir o apetite ou aumentar a saciedade.

No entanto, apesar de serem seguros, nenhum desses métodos é isento de riscos ou efeitos colaterais. 

Além disso, eles não garantem a manutenção do peso perdido, se não houver uma mudança de comportamento alimentar e de estilo de vida. 

Por isso, é importante que o tratamento da obesidade seja individualizado e multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e outros profissionais.

Conclusão

Em resumo, o jejum intermitente pode ajudar na perda de peso, assim como a dieta de contagem de calorias. Porém,  é importante considerar sua sustentabilidade a longo prazo. 

A obesidade é uma doença crônica que requer uma abordagem multidisciplinar para trazer resultados significativos e duradouros sem comprometer a saúde.

Se você está buscando uma solução para o excesso de peso ou obesidade e quer melhorar a sua qualidade de vida, conte com a ajuda do Dr. Rodrigo Dallegrave. 

Com experiência no tratamento da obesidade e sua abordagem empática, ele pode avaliar o seu caso e, em conjunto com uma equipe multidisciplinar, apresentar as melhores alternativas de tratamento par ao seu caso.

Lembre-se de que cada pessoa é única, e o tratamento da obesidade deve ser personalizado para alcançar resultados eficazes e sustentáveis. Agende sua consulta agora mesmo!

Quer saber mais sobre os procedimentos
Agende uma consulta agora!

Você também pode gostar de ler

© COPYRIGHT 2023. Todos os direitos reservados | Por InCuca Tech