Diabetes tipo 2: o que é, como prevenir, sintomas e tratamento da doença
Você sabia que o diabetes tipo 2 é uma das doenças crônicas mais comuns e graves do mundo? Segundo dados de 2021 da Federação Internacional de Diabetes, mais de 537 milhões de pessoas sofrem com essa condição, sendo 15 milhões de adultos no Brasil.
Isso é motivo para grande preocupação, visto que essa doença aumenta o risco de diversas complicações, como infarto, derrame, cegueira, insuficiência renal, amputações e até morte precoce.
Mas afinal, o que é o diabetes tipo 2? Como ele se desenvolve? Quais são os seus sintomas? Como ele pode ser prevenido e tratado?
A seguir, vamos responder essas e outras perguntas sobre essa doença que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas. Acompanhe!
O que é o diabetes tipo 2?
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Isso acontece porque o organismo não consegue produzir ou utilizar adequadamente a insulina, que é o hormônio responsável por facilitar a entrada da glicose nas células, onde ela é usada como fonte de energia.
Quando a insulina não funciona corretamente, a glicose se acumula no sangue e causa a hiperglicemia, que é prejudicial para vários órgãos e tecidos do corpo. Além disso, a falta de energia nas células provoca sintomas como cansaço, fome e sede excessivas.
O diabetes tipo 2 é diferente do diabetes tipo 1, que é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. No diabetes tipo 2, o pâncreas ainda produz insulina, mas ela não é suficiente ou não é reconhecida pelas células.
O diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, especialmente acima dos 40 anos, mas também pode afetar crianças e adolescentes. Ele está relacionado a fatores genéticos e ambientais, como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e tabagismo.
Como prevenir o diabetes tipo 2?
A prevenção do diabetes tipo 2 é possível com a adoção de hábitos saudáveis de vida, que ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue e a evitar o desenvolvimento da resistência à insulina. Algumas medidas simples e eficazes são:
- Manter o peso adequado: o excesso de peso, especialmente na região abdominal, dificulta a ação da insulina e favorece o aparecimento do diabetes tipo 2. Por isso, é importante manter um índice de massa corporal (IMC) dentro da faixa ideal (entre 18,5 e 24,9 kg/m²).
- Praticar atividade física regularmente: os exercícios físicos ajudam a reduzir os níveis de glicose no sangue, a aumentar a sensibilidade à insulina e a prevenir o ganho de peso. A recomendação é fazer pelo menos 150 minutos por semana de atividade física moderada.
- Alimentar-se de forma equilibrada: uma alimentação saudável contribui para manter os níveis de glicose no sangue estáveis e evitar picos de hiperglicemia. É importante consumir alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras boas, e evitar alimentos ricos em açúcar, farinha branca e gorduras saturadas.
- Parar de fumar: segundo a OMS, o tabagismo aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 40%, pois prejudica a função da insulina e favorece processos inflamatórios no organismo.
- Fazer exames periódicos: a medição dos níveis de glicose no sangue, em jejum e após as refeições, é fundamental para detectar alterações que possam indicar o diabetes tipo 2 ou o pré-diabetes, que é uma condição que antecede a doença. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e previne complicações.
Quais são os sintomas do diabetes tipo 2?
O diabetes tipo 2 pode ser assintomático ou apresentar sintomas discretos e inespecíficos, que muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras condições. Por isso, é importante ficar atento aos seguintes sinais:
- Infecções recorrentes, como candidíase ou infecção urinária;
- Formigamento ou dormência nas mãos ou nos pés;
- Vontade frequente de urinar, inclusive à noite;
- Fome constante e difícil de saciar;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Sede excessiva e boca seca;
- Visão embaçada ou turva;
- Cansaço e fraqueza.
Se você apresentar algum desses sintomas, procure um médico para fazer os exames necessários e confirmar ou descartar o diagnóstico de diabetes tipo 2.
Como é o tratamento do diabetes tipo 2?
O tratamento do diabetes tipo 2 tem como objetivo controlar os níveis de glicose no sangue e prevenir as complicações da doença. Ele envolve:
Mudanças no estilo de vida
As mudanças no estilo de vida incluem seguir uma dieta adequada, praticar atividade física regularmente, parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e controlar o estresse.
Essas medidas ajudam a melhorar a ação da insulina e a manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites recomendados.
Uso de medicamentos
Os medicamentos usados para tratar o diabetes tipo 2 podem ser orais ou injetáveis. Eles atuam de diferentes formas, como estimular a produção de insulina pelo pâncreas, aumentar a sensibilidade das células à insulina, diminuir a absorção de glicose pelo intestino ou inibir a liberação de glicose pelo fígado.
Os medicamentos devem ser prescritos por um médico endocrinologista, que vai avaliar o tipo, a dose e a frequência mais adequados para cada paciente. O uso dos medicamentos deve ser associado ao monitoramento dos níveis de glicose no sangue, que pode ser feito em casa com um aparelho chamado glicosímetro.
Cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica é uma opção para pacientes com diabetes tipo 2 que não conseguem controlar a doença com os tratamentos convencionais e que apresentam obesidade ou sobrepeso.
A cirurgia metabólica, um dos tipos de bariátrica, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma opção terapêutica para o diabetes tipo 2 desde 2017.
Esse tratamento pode trazer benefícios como a remissão da doença, a redução da necessidade de medicamentos, a melhora dos fatores de risco cardiovascular e a melhora da qualidade de vida.
A cirurgia metabólica deve ser realizada por um cirurgião especialista em tratamento da obesidade, que vai indicar o tipo de procedimento mais adequado para cada caso.
Conclusão
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas no mundo e que pode causar sérias consequências para a saúde.
Por isso, é importante prevenir, diagnosticar e tratar essa condição com a ajuda de profissionais qualificados e de diferentes tipos de tratamento. O mais importante é manter os níveis de glicose no sangue controlados e evitar as complicações da doença.
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